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FMI receia que efeitos do conflito sírio atinjam outros países

O Fundo Monetário Internacional (FMI) receia que um agravamento da crise síria tenha efeitos negativos na economia de outros países, indicou hoje o porta-voz do organismo, Gerry Rice

(EPA/ Arquivo)
JIM LO SCALZO

Em conferência de imprensa, Rice mostrou-se "muito preocupado com a dimensão humana" da guerra civil que em dois anos e meio já fez mais de 100 mil mortos e dois milhões de refugiados.

Rice disse que o FMI está a acompanhar a situação temendo que "os seus  efeitos negativos se estendam" e recordou que por motivos de segurança a instituição não teve a possibilidade de enviar uma missão ao país desde o início de 2011.   

A recente ameaça dos Estados Unidos de atacar a Síria, em resposta ao alegado uso de armas químicas, fez aumentar as preocupações quanto a um aumento do preço do barril de petróleo afetando a recuperação económica europeia e norte-americana. 

A duração do conflito também pode desestabilizar países vizinhos como Jordânia, Turquia ou Iraque, numa região volátil.  

Em relação ao Egito, Rice disse que devido à instabilidade que se vive  após o afastamento do poder do presidente Mohamed Morsi, a 3 de julho, o  FMI só manteve contactos a "nível técnico", sem ter retomado negociações  de "alto nível" que permitam facilitar um empréstimo ao país.

Lusa