"O nosso objetivo é que a conferência seja em meados de novembro", realçou o secretário-geral, que anunciou que o enviado da ONU e Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, irá pôr em marcha "todos os preparativos necessários" para que a iniciativa 'Genebra II' seja bem-sucedida.
Ban Ki-moon, que falava após o Conselho de Segurança ter aprovado uma resolução histórica sobre o desmantelamento do arsenal de armas químicas da Síria, reconheceu serem muitos os "desafios" para acabar, de uma forma "pacífica", com o sangrento conflito, que dura há mais de dois anos e meio, apelando ao regime de Damasco e à oposição rebelde síria para negociarem de modo "construtivo".
"Os atores regionais têm a responsabilidade de confrontar aqueles que pretendam minar este processo e os que não respeitem a plena soberania, unidade e integridade territorial da Síria", aditou.
O secretário-geral da ONU elogiou os esforços do Conselho de Segurança para alcançar esta histórica resolução e, em particular, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.
Ban Ki-moon realçou que aqueles que recorrerem ao uso de armas químicas na Síria "têm que ser levados à Justiça", ao recordar que continua o "catálogo de horrores" naquele país, onde a guerra civil já causou mais de cem mil mortos e milhões de deslocados desde março de 2011.
Neste sentido, o secretário-geral da ONU alertou que o facto de se acender uma 'luz vermelha' ao uso de armas químicas "não significa que haja 'luz verde'" para outro tipo de armamento.
"Isto não é uma licença para se continuar a matar com armas convencionais. Toda a violência deve chegar ao seu fim e todas as armas devem silenciar-se", rematou.
Lusa