"Claro que vamos respeitá-la e a nossa história prova que sempre respeitámos a nossa assinatura em todos os tratados que assinámos", respondeu Assad a um jornalista da televisão italiana RAI 24 que lhe perguntou se vai cumprir a resolução 2.118.
Uma equipa de inspetores da Organização para a Interdição das Armas Químicas vai iniciar na terça-feira o plano para a destruição do arsenal químico sírio acordado pelos Estados Unidos e pela Rússia e validado pela resolução da ONU.
Citado pela agência síria Sana, Bashar al-Assad considerou também na entrevista que a recente aproximação entre os Estados Unidos e o Irão, desde que os Estados Unidos sejam "honestos", vai ter um impacto "positivo" na Síria e no Médio Oriente.
"Se os americanos forem honestos na sua aproximação ao Irão, os resultados serão positivos no que diz respeito à crise síria e todas as crises na região", disse.
O presidente sírio considerou, por outro lado, que a Europa não tem capacidade para ter um papel no processo da conferência de paz designada como Genebra II.
"Francamente, a maior parte dos países europeus não tem capacidade para desempenhar um papel em Genebra II, porque não têm os recursos necessários para ser bem-sucedidos nesse papel", disse.
O secretário-geral da ONu, Ban Ki-moon, insistiu no sábado na necessidade de realizar a conferência internacional, provisoriamente prevista para meados de novembro, para pôr fim ao conflito, que em dois anos fez mais de 110.000 mortos, dois milhões de refugiados e quatro milhões de deslocados.
Lusa