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Rússia detém por dois meses oito membros da Greenpeace 

Um tribunal russo ordenou hoje a detenção  por dois meses de oito membros da tripulação do navio quebra-gelo da organização  ecologista Greenpeace, no âmbito de uma investigação por "pirataria" após  uma operação contra uma plataforma da Gazprom no Ártico. 

O britânico Anthony Perrett / Reuters
© Stringer . / Reuters
O sueco Dmitri Litvinov / Reuters
© Stringer . / Reuters
A holandesa Faiza Oulahsen / Reuters
© Stringer . / Reuters
O britânico Anthony Perrett / Reuters
© Stringer . / Reuters
A holandesa Faiza Oulahsen / Reuters
© Stringer . / Reuters
O britânico Anthony Perrett / Reuters
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O ucraniano Ruslan Yakushev / Reuters
© Stringer . / Reuters
O ucraniano Ruslan Yakushev / Reuters
© Stringer . / Reuters
A finlandesa Sini Saarela / Reuters
© Stringer . / Reuters

A totalidade da tripulação do Arctic Sunrise, formada por 30 elementos,  dos quais 26 estrangeiros e quatro russos, encontra-se, assim, em prisão  preventiva até 24 de novembro em Murmansk e na região em torno da cidade,  o tempo necessário à conclusão da investigação. 

Um tribunal desta cidade do noroeste da Rússia tinha já adotado uma  decisão semelhante relativamente a 22 elementos da tripulação após a abertura  da investigação por pirataria, um crime punível com 15 anos de prisão na  Rússia. 

Tal investigação foi iniciada depois de os ativistas da Greenpeace terem  tentado, na semana passada, abordar uma plataforma do gigante russo Gazprom  no Ártico para denunciar os projetos de exploração petrolífera nessa zona.

Reagindo hoje em comunicado a estas decisões, Kumi Naidoo, diretos executivo  da Greenpeace Internacional, considerou tratar-se de uma "tentativa flagrante  de intimidar quem quer que se oponha à corrida ao petróleo no Ártico". 

Oito membros da tripulação tinham inicialmente sido colocados sob prisão  preventiva por 72 horas e as respetivas audiências adiadas para hoje, porque  a jurisdição não dispunha de informações suficientes ou não tinha encontrado  intérpretes. 

Entre os 30 elementos da tripulação do quebra-gelo da Greenpeace, com  pavilhão holandês, encontram-se cidadãos de 18 países, dos quais seis britânicos,  dois canadianos e um francês. 

Mas hoje, o tribunal de Murmansk decidiu manter também em detenção Dmitri  Litvinov, um sueco-norte-americano de origem russa, porta-voz da Greenpeace  e bisneto de um ministro dos Negócios Estrangeiros de Estaline, um ucraniano,  dois holandeses, dois britânicos, a finlandesa Sini Saarela e a brasileira  Ana Paula Alminhana Maciel. 

"Eu sou uma pessoa honesta e respondo sempre pelos meus atos. Não sou  uma pirata", declarou na audiência Sini Saarela, ativista encarregada de  escalar a plataforma da Gazprom no mar de Barents, segundo um comunicado  da Greenpeace. 

Diplomatas de vários países assistiram igualmente às audiências. 

O Arctic Sunrise foi apresado a 19 de setembro por um comando de helicópteros  da guarda-costeira russa e depois rebocado até Murmansk. 

Os ativistas negaram ter cometido atos de pirataria, acusando a Rússia  de ter ilegalmente tomado de assalto o seu barco em águas internacionais.

O Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu, por seu lado, que os  ativistas "não são piratas" mas que tinham "infringido o direito internacional".

A comissão de inquérito russa, principal órgão encarregado das investigações  criminosas, indicou que as acusações poderão ser reduzidas durante a investigação.

Lusa