Manifestações em Paris e Londres para exigir libertação de ativistas da Greenpeace
Mais de mil pessoas manifestaram-se hoje em Paris e Londres, respondendo a um apelo da Greenpeace para reclamar a libertação dos 30 ativistas detidos na Rússia numa ação contra a exploração petrolífera no Ártico, noticia a AFP.
Familiares e amigos manifestaram-se hoje em Londres e Paris para exigir a libertação dos ativistas da Greenpeace(Reuters)
Na capital francesa, cerca de 300 pessoas responderam ao apelo da organização não-governamental ecologista.
"As acusações, para nós, não têm fundamento, eles, ativistas, estavam lá para defender o clima", disse à AFP o diretor-geral da Greenpeace para França, Jean-François Julliard.
Uma grande bandeira com a inscrição "Libertem os defensores do clima" foi colocada com a ajuda de uma grua sobre um braço da estátua da República, no centro da Praça da República.
No chão, os manifestantes colocaram uma faixa de 200 metros quadrados onde se pode ler "o clima em perigo, os defensores na prisão".
Em Londres, quase mil pessoas, entre as quais o ator Jude Law, o músico Paul Simonon e a estilista Vivienne Westwood, participaram num protesto para contestar a detenção dos militantes da Greenpeace na Rússia.
Entre 800 pessoas (segundo a polícia) e mil (de acordo com a organização) concentraram-se em frente à embaixada da Rússia, vestindo t-shirts e segurando cartazes a exigir a libertação dos ativistas ambientais.
Para o dia de hoje, estão também previstos protestos em 17 cidades do Reino Unido, no âmbito a ação organizada pela Greenpeace.
Na quinta-feira, a Rússia acusou formalmente de "pirataria" os 30 membros e colaboradores da Greenpeace, a maioria estrangeiros, envolvidos numa ação de protesto contra a exploração petrolífera no Ártico.
"Os 30 suspeitos do inquérito de investigação sobre o ataque na plataforma Prirazlomnaia 1/8do gigante russo do setor do gás Gazprom 3/8 foram acusados", indicou, na altura, a comissão de inquérito, num comunicado.
Os elementos e colaboradores da organização não-governamental ecologista arriscam uma pena até 15 anos de prisão.