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Nicolás Maduro decreta 8 de dezembro como "dia da lealdade e do amor" a Hugo Chávez

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou 8 de dezembro como "dia da lealdade e amor" a Hugo Chávez, o seu antecessor, uma iniciativa que procura "honrar" o pensamento e herança do falecido Presidente.

© Jorge Silva / Reuters

O decreto presidencial N 451, datado de 4 de novembro de 2013, foi  publicado na Gazeta Oficial N 40.286, que circulou terça-feira e apela  ao povo e às instituições que "honrem com ação e pensamento a herança e  o legado universal do máximo líder da revolução bolivariana". 

Nicolás Maduro defende, através de decreto que devem ser realizados  " atos e eventos comemorativos em todo o território nacional que exaltem  o seu pensamento bolivariano, o amor infinito para com o seu povo, a defesa  permanente do seu legado e o seu exemplo infinito". 

Nascido a 28 de julho de 1954, Hugo Chávez, faleceu a 5 de março de  2013, depois de uma luta de quase dois anos contra um cancro na zona pélvica.

A 08 de dezembro de 2012, anunciou ao país que era "absolutamente imprescindível"  submeter-se a uma nova intervenção cirúrgica (a quarta) e pediu aos venezuelanos  que, no caso de se "apresentar alguma circunstância" que o inabilitasse  para continuar à frente da presidência, elegessem a Nicolás Maduro como  seu sucessor. 

Também para 08 de dezembro estão convocadas eleições municipais na Venezuela.

Além do dia pelo amor a Chavez, Nicolás Maduro propôs também terça-feira  a criação de um sistema de museus da revolução bolivariana, centrado nas  vidas do libertador Simón Bolívar (militar e político venezuelano), do seu  antecessor, Hugo Chávez, e na história dos povos indígenas. 

Vicente Díaz, reitor do Conselho Nacional Eleitoral, reagiu ao decreto  de criação do "dia da lealdade e do amor" a Hugo Chávez, definindo-o como  um "ato de manipulação". 

"Isto é um ato de intromissão clara do Poder Executivo com atos em todo  o país de celebração, quando se está realizando uma jornada eleitoral",  disse.