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Afinal ainda não é Natal na Venezuela

A embaixada da Venezuela em Lisboa explicou que a imprensa confundiu as "boas-vindas" à época natalícia pelo Presidente do país, Nicolás Maduro, como uma antecipação do natal.

Afinal ainda não é Natal na Venezuela (Reuters)
© Carlos Garcia Rawlins / Reuters

Num comunicado enviado à agência Lusa, a representação diplomática começa  por explicar que, a 01 de novembro, o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro,  "deu as boas-vindas à época natalícia" e participou com os seus ministros  no "Pregão do Natal, uma tradição cultural anual, prenúncio do amor, da  felicidade e do reencontro da família", num ato que foi mal interpretado.

"Estas boas-vindas à época natalícia parecem ter confundido a maioria  dos meios de comunicação nacionais e internacionais, que, no seu empenho  por ter 'primícias' notícias em primeira mão sobre a Venezuela recorrem  ao trilhado hábito de distorcer o discurso do Presidente venezuelano, tirando  do contexto as suas palavras e, portanto, informando mal a sociedade", refere  a nota. 

Segundo a embaixada nos títulos da imprensa lia-se: "Nicolás Maduro  antecipa o natal"; "Maduro antecipa o Natal, duas semanas antes das eleições";  "Nicolás Maduro antecipa o Natal por decreto para ganhar as eleições", tudo  em alusão às palavras do chefe de Estado venezuelano quando disse "quisemos  decretar a chegada do Natal, porque queremos a felicidade para todo o povo,  a paz para todos". 

"Estes artigos sugerem que o Natal foi antecipado e não o que realmente  quis dizer o Presidente Maduro no sentido de dar início à época natalícia  na Venezuela, que, como todos os anos, começa com feiras, atividades culturais  nos espaços públicos, recuperados pelo Governo Bolivariano, concertos e  interpretações" musicais, num período em que o povo "recebe o subsídio de  natal para as suas compras e arranjos natalícios", lê-se no comunicado.

Este ato, segundo o documento, "que causou tanta 'confusão' nos meios  de comunicação foi só um apelo" de Nicolás Maduro "à paz e à concórdia".

"Em relação ao tão falado Decreto Oficial que, conforme a imprensa,  antecipa o natal na Venezuela -- e que foi lido pelo ministro da Cultura,  Fidel Barbarito -- não é um instrumento legal, mas um texto de humor com  conteúdo social, escrito pelo jornalista Roberto Malaver, que invoca a partilha  com a família durante a temporada de natal, apelando para a suprema felicidade  do povo", conclui.