Os manifestantes, que protestam contra a suspensão do processo de integração europeia da Ucrânia, gritando palavras de ordem como "Vergonha!" e "Demissão!", exigem a demissão do primeiro-ministro, Mykola Azarov, e do Presidente Viktor Ianoukovitch.
Segundo avançou a AFP, cerca de 100 agentes foram destacados para o local para garantir a segurança, tendo os cordões policiais travado os manifestantes.
A reunião do Governo ucraniano marcada para hoje figura como a primeira depois da demonstração de força por parte da oposição, que mobilizou mais de cem mil manifestantes na Praça da Independência, na capital, Kiev, e dezenas de milhares de outros em outras cidades do país.
Kiev foi palco de confrontos entre as forças de segurança, na sequência da manifestação que resultou em mais de uma centena de feridos, incluindo jornalistas.
Na terça-feira, o primeiro-ministro ucraniano pediu desculpa, no parlamento, pela violência da repressão policial aos protestos contra a decisão do Governo da Ucrânia de abandonar os planos para um acordo político e comercial com a União Europeia.
A situação deu origem às maiores manifestações na ex-república soviética desde a Revolução Laranja de 2004.
Também na terça-feira, o Governo ucraniano sobreviveu a uma moção de censura apresentada por três partidos da oposição, que obteve 186 votos, quando necessitava de 226 para ser aprovada.