Apesar de durante o dia de hoje não ter ocorrido violência de grande dimensão, vários milhares de habitantes de Bangui estavam concentrados em torno do aeroporto, onde estão as bases dos militares franceses e da força africana, com medo de abusos e ataques nos bairros vizinhos de Boeing e Boy-Rabe, constataram os jornalistas da agência noticiosa AFP.
No quarteirão da Assembleia Nacional, a Cruz Vermelha Centro-Africana (CVCA) recolheu dezenas de cadáveres abandonados depois dos violentos confrontos de quinta-feira, seguidos por matanças, com recurso a armas de fogo e brancas.
Esta violência causou pelo menos a morte a 300 pessoas, declarou hoje à noite um dirigente da CVCA, sob anonimato.
Ao contabilizar os corpos depositados nas morgues das instalações hospitalares, nos locais de culto e os recolhidos nas ruas pelas equipas da CV, o balanço provisório eleva-se a 281 mortos, acrescentou este responsável.
A este recenseamento de vítimas mortais, acrescem os cadáveres cuja localização foi comunicada, mas que estão em locais onde os socorristas não puderam alcançar.
"A operação começou" e as forças francesas colocaram patrulhas em Bangui, afirmou hoje o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, na rádio RFI.
A França já tem um efetivo no país de mil soldados, que pode subir rapidamente para 1.200, adiantou o Estado-Maior das Forças Armadas.
Lusa