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Veículo transportado por sonda chinesa está em solo lunar

A sonda espacial chinesa que hoje pousou na  Lua já colocou o veículo de investigação que transporta no solo, informou  a agência de notícias oficial da China, Xinhua. 

(Reuters)
© China Stringer Network / Reuters

O veículo de exploração, chamado "Coelho de Jade", entrou em funcionamento  "várias horas" após ter pousado a sonda espacial "Change-3", permitindo  à China tornar-se o terceiro país a colocar uma missão de exploração na  lua, depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética. 

O veículo deverá passar agora três meses a explorar a superfície da  lua e procurar recursos naturais. A separação do robot deu-se na planície  lunar Sinus Iridum, onde a sonda pousara sete horas antes. 

Citando o Centro de Controlo Aeroespacial de Pequim a Xinhua informa  que o veículo, um robot, "tocou a superfície lunar". A televisão estatal  também apresentou uma imagem que disse mostrar a separação do veículo da  sonda, quando eram 20:35 em Lisboa. 

Com o feito a China protagonizou o primeiro envio para a lua de uma  nave controlada terrestre em quatro décadas e é o segundo país a colocar  um robot explorador na lua, depois de a União Soviética ter enviado para  o satélite os "Lunojod". 

Alimentado por painéis solares e equipado com seis rodas, um braço mecânico  e três pares de câmaras, o "Coelho de Jade" é capaz de escavar e investigar  em profundidade até cem metros graças a um radar. 

O robot também tem um gerador termoelétrico, alimentado a plutónio,  que lhe permitirá regular a temperatura e resistir às frias noites lunares,  com temperaturas que podem ir até 180 graus negativos. 

Com um peso de 140 quilos e um metro e meio de altura, o "Coelho de  Jade" pode mover-se a 200 metros por hora. Uma das missões que terá é a  de instalar um telescópio na lua, o q então União Soviética. 

Há duas semanas, o porta-voz da Administração Estatal para a Ciência,  Tecnologia e Indústria de Defesa Nacional, Wu Zhijian, considerou a missão  da Chang'e-3 "a mais complexa" jamais realizada pelo programa espacial chinês.

 

Lusa