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UNICEF chocada com número de crianças mortas na Síria

A UNICEF mostrou-se hoje "chocada com os terríveis relatos sobre um bombardeamento em Alepo, norte da Síria", que poderá ter causado a morte a 28 crianças, considerando "totalmente inaceitável que as crianças sejam atingidas desta forma". 

Criança síria refugiada em Sulaimaniya (Reuters /arquivo)
© STRINGER Iraq / Reuters

"A UNICEF está chocada com os terríveis relatos sobre um bombardeamento em Alepo, que poderá ter causado a morte de 28 crianças. Segundo esses relatos, o ataque teve lugar no passado domingo com bombas artesanais lançadas de helicóptero em algumas zonas da cidade de Alepo, no norte da Síria, e durante o qual terão morrido entre 14 e 28 crianças", lê-se no comunicado divulgado hoje pela agência das Nações Unidas. 

No texto salienta-se que "é totalmente inaceitável que as crianças sejam atingidas desta forma, seja através do uso indiscriminado de armas do qual resultam inúmeras mortes, ou de qualquer outro meio".

"A UNICEF tem repetidamente apelado às partes em conflito para que cumpram as suas obrigações decorrentes da legislação internacional relativa à proteção de todos os civis, incluindo das crianças, em situação de conflito, apelo esse que hoje reiteramos uma vez mais e de forma veemente", disse a Diretora Regional da UNICEF para o Médio Oriente e norte de África, Maria Calivis, citada no comunicado,

Ataques da força aérea síria contra três bairros de Alepo (norte da Síria) causaram 36 mortos, 15 dos quais crianças, segundo um balanço atualizado do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Aviões e helicópteros atacaram os bairros de Haydariyé, Ardh al-Hamra e Sakhour, situados no noroeste da cidade, antes um importante centro económico, disse o diretor daquela organização não-governamental, Rami Abdel Rahmane. Os bombardeamentos ocorreram no domingo, um dia depois do Crescente Vermelho sírio ter entregado alimentos e medicamentos na prisão central de Alepo, cercada pelos rebeldes há oito meses. 

O regime de Bashar al-Assad anunciou no início da semana uma amnistia para os presos devido "às más condições humanas e de saúde" na prisão, segundo o OSDH. A ONU estima em 100.000 o número de mortos na Síria desde o início do conflito, em março de 2011, enquanto o Observatório Sírio indica 125.000.

Lusa