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Filha do rei de Espanha volta a ser arguida e declara em tribunal a 8 de março

A infanta Cristina, filha do rei espanhol Juan Carlos, foi hoje constituída arguida pela segunda vez no processo de desvio de fundos e branqueamento de capitais, conhecido como Nóos, e será ouvida a 8 de março.

(AP/ Arquivo)
ASSOCIATED PRESS

José Castro, juiz instrutor do caso - que envolve também o marido de  Cristina, Iaki Urdangarin -, deu hoje a conhecer a sua decisão num extenso  auto de 227 páginas. 

É a segunda vez que Castro constitui a infanta como arguida neste processo.  Em abril de 2013 acabou por suspender essa decisão, depois de um recurso  apresentado pela procuradoria anticorrupção. 

A Audiência Nacional deixou sem efeito essa decisão de abril mas apontou  novas linhas de investigação para averiguar se a filha de Juan Carlos poderia  ser responsável por delitos fiscais e branqueamento de capitais através  da empresa Aizoon. 

Cristina de Borbon controla 50% do capital da Aizoon e o seu marido  os restantes 50 por cento. 

A Aizoon era uma das empresas envolvidas no universo da empresa Nóos,  que está a ser investigada há vários anos pelo alegado desvio de milhões  de euros de fundos públicos. 

Instado a reagir à decisão hoje conhecida, o rei Juan Carlos disse,  em breves declarações aos jornalistas em Madrid, que deseja expressar o  seu "respeito pelas decisões judiciais".