"Acreditamos profundamente que o povo da Ucrânia pretende a adesão, pretende estar associado à Europa", disse Kerry, ao sublinhar que as novas leis "são antidemocráticas, erradas e retiram ao povo da Ucrânia a sua escolha e a sua oportunidade de futuro".
Diversos países ocidentais criticaram hoje as autoridades de Kiev após a adoção de leis consideradas repressivas face à oposição, que na sua perspetiva afastam ainda mais o país da Europa e na sequência do acordo de dezembro entre o país e a vizinha Rússia, destinado a remover obstáculos comerciais entre os dois países vizinhos e potenciar os laços económicos.
Em Kiev paralelo, Kiev anunciou na ocasião o abandono de um acordo de associação com a UE que motivou fortes protestos e mobilizações populares pela oposição.
Diversas ONG ocidentais e líderes oposicionistas também denunciaram hoje a instauração de uma "ditadura", após a aptido no poder, votaram quinta-feira um conjunto de leis que introduzem ou reforçam as sanções sobre os manifestantes e obrigam, como na Rússia, as ONG que beneficiam de financiamentos ocidentais a registarem-se como "agentes do estrangeiro".
Após denunciarem um "golpe constitucional", os dirigentes da oposição ucraniana apelaram para uma nova manifestação na capital domingo às 10:00 locais (08:00 em Lisboa), a oitava desde o início da contestação.
Na quarta-feira, um tribunal de Kiev deliberou a proibição de todas as manifestações no centro de Kiev até 8 de março.
Lusa