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Irão suspende programa nuclear com entrada em vigor de acordo com Ocidente

O acordo entre o Irão e as potências ocidentes  que limita o enriquecimento de urânio por Teerão entra hoje em vigor, levando  ao levantamento imediato das sanções contra o regime iraniano.  

Central nuclear de Bushehr, a sul de Teerão (Arquivo Reuters)
REUTERS

Assim que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) confirmar  a aplicação do acordo pelo Irão, a União Europeia levantará de imediato  uma série de sanções económicas contra Teerão, disseram fontes europeias,  citadas pela agência noticiosa francesa AFP.  

A "luz verde" é esperada ao fim da manhã de segunda-feira e assim que  for dada, a "UE finalizará o ato legal", suspendendo como acordado uma série  de sanções, que "será aplicado no próprio dia", acrescentaram as mesmas  fontes.  

Teerão e Washington já anunciaram que o acordo intermédio sobre o nuclear  iraniano, que limita o enriquecimento de urânio nas centrais iranianas,  contra o levantamento das sanções ocidentais, será aplicado a partir de  hoje.  

Com este acordo, uma série de sanções europeias, nomeadamente relativas  ao transporte e de garantia das exportações de petróleo iraniano e a importação  de produtos petro-químicos iranianos, ficarão suspensas durante seis meses,  até às 00:00 de 20 de julho próximo.  

Os contratos eventualmente concluídos pelos operadores europeus "deverão  ser executados durante este período" e "não existirá um período de graça",  a menos que o Irão e a comunidade internacional consigam chegar a acordo  para prolongar este acordo intermédio, sublinharam as mesmas fontes.  

Após anos de bloqueio, um acordo intermédio foi concluído, em novembro,  entre Teerão e o grupo dos 5+1 (cinco membros permanentes do Conselho de  Segurança da ONU - Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia -  e Alemanha).  

O acordo prevê que não serão aprovadas novas sanções contra o Irão durante  o período de seis meses, no qual a República Islâmica aceitou congelar o  desenvolvimento do programa nuclear controverso, ao mesmo tempo que os dois  lados vão tentar chegar a um entendimento mais definitivo.  

Lusa