"Nós lamentamos que o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon tenha -- sob pressão -- retirado o convite", disse Zarif, citado pela agência ISNA.
Ban Ki-moon retirou o convite que tinha endereçado ao Irão, aliado regional do regime de Damasco, menos de 24 horas depois de ter anunciado o pedido, apesar da relutância imediata dos Estados Unidos e dos grupos da oposição síria.
O Irão recusa-se a aceitar um eventual Governo de transição na Síria, uma das posições apoiadas durante a primeira reunião internacional sobre a Síria, em 2012.
"Eu deixei bem claro durante os vários telefonemas com o secretário-geral das Nações Unidas que o Irão não aceita pré-condições para estar presente nas conversações", disse Zarif.
"É lamentável que Ban não tenha coragem para informar sobre os motivos reais que levaram à retirada do convite", acrescentou o chefe da diplomacia iraniana, recordando que o "Irão não tinha sido inicialmente aceite", como participante.
Zarif disse ainda que se o Irão estivesse presente teria enviado o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros porque "o prazo para convidar o ministro já foi ultrapassado".
Entretanto, a diplomacia da Rússia já considerou "um erro" o recuo da ONU sobre a presença do Irão na conferência de paz sobre a Síria, na quarta-feira.
Lusa