Mundo

galeria de fotos

Dois manifestantes mortos nos confrontos em Kiev

Dois manifestantes foram mortos hoje no centro de Kiev durante confrontos com as forças de segurança, confirmou a Procuradoria da Ucrânia, adiantando ainda que pelo menos 50 pessoas foram raptadas nas ruas da cidade.

© Gleb Garanich / Reuters
© Gleb Garanich / Reuters
© Vasily Fedosenko / Reuters
© Vasily Fedosenko / Reuters
© Gleb Garanich / Reuters

A mesma fonte disse que a polícia ucraniana negou que tenha usado armas  de fogo nos confrontos que prosseguem no país desde domingo. 

Um homem não identificado ligou para as autoridades a dar conta de um  cadáver na biblioteca da Academia Nacional de Ciências, adiantou a procuradoria  em comunicado. 

Pouco depois, os manifestantes levaram para aquela biblioteca outro  homem com ferimentos de bala, que acabou por falecer mais tarde. 

A procuradoria da Ucrânia adiantou também em comunicado que pelo menos  50 pessoas foram raptadas terça-feira à noite nas ruas de Kiev. 

"Segundo testemunhos várias pessoas foram agredidas brutalmente e levadas  para local desconhecido", referiram. 

O comunicado indicou ainda que "alguns deles estarão nos edifícios da  autarquia de Kiev e na Casa dos Sindicatos (ocupados pela oposição)". 

Os confrontos intensificaram-se hoje pela manhã, em Kiev, com manifestantes  a lançar 'cocktails molotov' sobre as forças de segurança, que responderam  com tiros de bala de borracha e granadas de efeito dissuasor. 

Os homens das forças antimotim fizeram um bloqueio utilizando os seus  escudos e os manifestantes lançaram contra os agentes 'cocktails molotov'  e pedras na rua que leva ao parlamento ucraniano, constatou no local um  correspondente da agência francesa AFP. 

Os manifestantes ucranianos estavam abrigados atrás de carcaças de carros  da polícia incendiados nos dias anteriores. 

O primeiro-ministro ucraniano, Nikolai Azarov, advertiu hoje que o Governo  "não vai permitir nenhuma anarquia nem caos no país". 

Azarov pediu aos cidadãos ucranianos, numa reunião do conselho de ministros,  que abandonem as ruas e apoiam as políticas das autoridades.