"Um total de 234 pessoas foram detidas entre 26 de dezembro e 2 de fevereiro. Hoje, nenhuma delas permanece sob detenção", referiu em comunicado o procurador-geral ucraniano, Viktor Pchonka, acrescentando que os processos, que poderão implicar pesadas penas de prisão, serão anulados nos próximos meses caso sejam cumpridas as condições fixadas pela lei de amnistia.
No centro de Kiev, na praça da Independência, o Maidan, ocupado desde novembro e rodeado por barricadas, o improvisado "conselho" de contestação sublinhou que, de momento, as pessoas libertadas permanecem em regime de residência fixa e ameaçadas de prisão.
Em janeiro foi votada uma lei de amnistia, que tinha como condição a retirada dos manifestantes dos edifícios oficiais e locais públicos que permanecem ocupados, incluindo a câmara municipal da capital. O prazo termina segunda-feira.
A oposição continua a exigir a libertação sem condição de todos os detidos e o fim dos inquéritos judiciais.
Pela décima primeira vez desde o início da contestação no final de novembro, devido à decisão do poder em renunciar a uma aproximação à União Europeia e promover o reforço das relações com a vizinha Rússia, os manifestantes voltam a concentra-se domingo ao final da manhã no Maidan.
A anterior mobilização, que decorreu em 9 de fevereiro, reuniu cerca de 70.000 pessoas, segundo a agência noticiosa AFP.
Lusa