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Rússia reduzirá a zero a dependência económica dos EUA em caso de sanções

Em caso de virem a existir sanções por parte dos Estados Unidos, devido à situação na Ucrânia, a Rússia "reduzirá a zero" a sua dependência económica do país americano, anunciou hoje um conselheiro do Kremlin.

(Reuters)
© Jonathan Ernst / Reuters

"Encontraremos um meio de reduzir a nossa dependência financeira dos Estados Unidos, mas tiraremos dessas sanções grande vantagem", declarou Serguei Glaziev à agência pública Ria Novosti. 

"As tentativas de aplicar sanções contra a Rússia levarão ao colapso do sistema financeiro norte-americano e ao fim da dominância dos EUA no sistema financeiro mundial", acrescentou. 

De acordo com uma fonte oficial norte-americana citada pelo diário "The Wall  Street Journal", os EUA anunciaram ter suspendido as negociações com a Rússia  para estreitar laços comerciais e de investimento, devido à intervenção militar de Moscovo na península ucraniana da Crimeia. 

A notícia da suspensão da cooperação económica surgiu poucas horas depois dos Estados Unidos terem anunciado a suspensão da cooperação militar com a Rússia 

Na segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo já tinha condenado em Genebra as ameaças de "sanções e boicote" após as movimentações militares da Rússia na Ucrânia, quando o Ocidente equaciona, por exemplo, privar Moscovo do seu assento no G8. 

A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana, após a queda do Presidente Viktor Ianukovich, por causa da Crimeia, península do sul do país onde se fala russo e está localizada a frota da Rússia no Mar Negro. 

A Rússia enviou segunda-feira tropas para a república autónoma da Crimeia, no sul da Ucrânia, de maioria russófona e estratégica para Moscovo, que ali tem a base da sua frota do Mar Negro.  

A decisão foi tomada em nome da proteção dos cidadãos e soldados russos, depois de o Governo autónomo ter rejeitado o novo executivo da Ucrânia, formado pelos três principais partidos da oposição ao Presidente Viktor  Ianukovitch, atualmente exilado."

Com Lusa