Uma equipa da Universidade da Califórnia comparou o efeito de injeções repetidas (oito em 24 dias) de plasma de ratos com três meses e de ratos com 18 meses numa amostra de outros ratos com 18 meses - a duração média de vida de um rato é de 2 anos.
Resultado: as transfusões de "sangue jovem" melhoraram o desempenho cognitivo dos ratos mais velhos, no que respeita à memória e à capacidade de aprender novas tarefas, segundo é explicado na revista Nature Medicine.
A equipa constatou ainda alterações na estrutura do cérebro, com um aumento do número de locais onde os neurónios estabelecem ligações. Esta descoberta poderá ser a chave para combater Alzheimer e outras doenças degenerativas cerebrais provocadas pelo envelhecimento.
Rejuvenescer o coração
O segundo estudo, publicado na revista Science, por uma equipa da Universidade de Harvard, demonstrou que a presença de elevados níveis da proteína GDF11 em sangue jovem alterou o coração de ratos mais velhos.
A proteína GDF11 dá indicações às células estaminais para criarem novo tecido muscular. Como é mais escassa nos organismos mais velhos, os tecidos são criados a uma velocidade mais lenta. Ao injetar nos ratos mais velhos o sangue novo, com elevados níveis da proteína, o tecido dos corações tinha rejuvenescido.
Colocam-se no entanto ainda duas questões: as experiências ainda foram só feitas em ratos, têm de ser testadas em seres humanos, que têm a sua própria versão da proteína GDF11. O segundo problema é a hipótese de cancro. A partir do momento em que se "acordam" células estaminais para lhes dizer para começarem a criar novas células, aumentam-se as possibilidades de cancro.