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Jornalista líbio crítico dos islamitas foi assassinado em Bengasi 

Um jornalista, editor de um jornal  e crítico dos islamitas, foi assassinado hoje na cidade de Bengasi, no leste  da Líbia, que tem sido um bastião destes militantes, informaram fontes médicas.

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© Esam Al-Fetori / Reuters

Meftah Bouzid, de 50 anos, editor do jornal semanário Burniq, foi morto  a tiro no centro da cidade. Jornalista e analista, Bouzid era presença assídua na televisão para  criticar os extremistas islamitas, o que lhe valia frequentes ameaças à  vida.  

As autoridades líbias têm procurado impor a lei num país cheio de armas,  no seguimento do derrube do regime de Muammar Kadhafi, em 2011.  Antigos rebeldes, em particular islamitas, têm sido responsabilizados  por ataques mortíferos a dezenas de membros de forças de segurança, juízes  e estrangeiros em Bengasi, a cidade onde a revolução começou.   

O assassínio de Bouzid ocorreu um dia depois de o primeiro-ministro  líbio ter ganho um voto de confiança, no domingo. Mas os separatistas, que têm bloqueado os terminais petrolíferos no  leste da Líbia, rejeitaram o governo de Miitig em declaração emitida hoje,  e defenderam a manutenção do primeiro-ministro cessante, Abdullah al-Thani.

O antigo dirigente governamental resignou no início deste mês, alegando  razões de segurança e especificando que a sua família e ele próprio tinham  sido ameaçados.  

 

     

Lusa