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Excesso de peso afeta 2,1 mil milhões em todo o mundo e continua a aumentar

O número mundial de pessoas obesas e com excesso  de peso aumentou de 857 milhões em 1980 para 2,1 mil milhões em 2013, revela  um estudo hoje publicado pela revista Lancet, segundo o qual o problema  continua a aumentar. 

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© Regis Duvignau / Reuters

Nos últimos 33 anos, escrevem os investigadores, a taxa de adultos obesos  e com excesso de peso aumentou 28%, enquanto a das crianças (até aos 19  anos) subiu 47%. 

Liderada por Emmanuela Gakidou, do Instituto para a Avaliação e a Métrica  da Saúde na Universidade de Washington, nos EUA, a equipa de investigadores  diz ter feito a análise mais exaustiva de sempre, com base em dados recolhidos  em estudos, relatórios e na literatura científica sobre a prevalência de  excesso de peso e obesidade em 188 países entre 1980 e 2013. 

"Ao contrário de outros grandes riscos para a saúde, como o tabaco e  a nutrição infantil, a obesidade não está a diminuir. Os nossos resultados  mostram que os aumentos na prevalência da obesidade têm sido substanciais,  generalizados e concentrados num curto período de tempo", alertou Gakidou,  citada num comunicado enviado pela Lancet. 

Apesar da "imagem preocupante" que estes números traçam, o ritmo de  crescimento da epidemia parece ter abrandado nos últimos oito anos nos países  desenvolvidos.  Já nos países em desenvolvimento, onde se concentram 62% dos obesos  do mundo, o ritmo mantém-se elevado.  

As diferenças entre países desenvolvidos e em desenvolvimento revelam-se  também em outros fatores: no mundo desenvolvido os homens têm maiores taxas  de obesidade do que as mulheres e nos países em desenvolvimento ocorre o  oposto. 

O maior aumento nos níveis de excesso de peso e obesidade ocorreram  entre 1992 e 2002, sobretudo entre os 20 e os 40 anos.  A prevalência de excesso de peso e obesidade nas crianças aumentou significativamente  nos países desenvolvidos, de 17% em 1980 para 24% em 2013 entre os rapazes  e de 16% para 23% nas raparigas. 

Nos países em desenvolvimento, o aumento foi de 8% para 13% tanto entre  os rapazes como nas raparigas nos últimos 33 anos. 

 

     

 

Lusa