"Não afastaria nada que possa ser construtivo", respondeu Kerry a uma pergunta da YahooNews sobre a possibilidade de os Estados Unidos cooperarem militarmente com o Irão, um dos aliados do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki.
O secretário de Estado norte-americano sublinhou, no entanto, a necessidade de esperar para "ver o que o Irão pode estar ou não disposto a fazer, antes de começar com pronunciamentos".
Os Estados Unidos e o Irão não têm laços diplomáticos formais há 34 anos, mas representantes dos dois países têm-se reunido no quadro de negociações multilaterais como as relativas ao controverso programa nuclear iraniano.
Esta semana, realiza-se uma nova ronda dessas negociações em Viena, com a delegação norte-americana chefiada pelo "número dois" de John Kerry, William Burns.
Segundo Kerry, o presidente norte-americano, Barack Obama, está a proceder a "uma verificação exaustiva de todas as opções disponíveis", incluindo ataques com aviões não-tripulados ('drones').
"Os Estados Unidos estão profundamente comprometidos com a integridade do Iraque enquanto país", disse.
Extremistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) tomaram há uma semana a segunda cidade iraquiana, Mossul, e combatem atualmente o exército iraquiano pelo controlo da cidade xiita estratégica de Tal Afar.
A ofensiva suscitou o receio de uma guerra civil entre sunitas e xiitas no Iraque, de onde os Estados Unidos retiraram as suas forças de combate em dezembro de 2011.
"Este é um desafio à estabilidade da região. E obviamente um desafio existencial para o próprio Iraque. Este é um grupo terrorista", disse John Kerry à YahooNews.
Lusa