Mundo

Governo português condena desaparecimento de três jovens israelitas

O Governo português condenou hoje fortemente, em comunicado, o desaparecimento de três jovens israelitas, que terão sido raptados na Cisjordânia, considerando que a violência "prejudica o esforço" para a paz entre Israel e Palestina.

"Espero poder contar com a sua ajuda para encontrar os adolescentes  raptados. Os raptores são uma zona controlada pela Autoridade Palestiniana  e voltaram para lá" depois do rapto, disse Netanyahu ao presidente da Autoridade  Palestiniana, Mahmud Abbas, numa conversa telefónica. (Reuters)
© Adrees Latif / Reuters

Num comunicado hoje divulgado pelo ministério dos Negócios Estrangeiros,  Portugal afirma condenar "fortemente o desaparecimento de três jovens israelitas  que terão sido raptados na Cisjordânia", e diz esperar que estes "possam  regressar o mais depressa possível para junto das suas famílias". 

"O Governo português considera que tais atos de violência prejudicam  os esforços em favor da paz e da reconciliação entre Israel e a Palestina,  apelando por isso à máxima contenção e a uma colaboração com vista à rápida  libertação dos jovens israelitas", sublinha o ministério de Rui Machete.

"Portugal espera que seja criado um clima conducente ao relançamento  do diálogo entre as partes", acrescenta. 

Os três adolescentes, que Israel considera sequestrados, foram identificados  como sendo Gilad Shaer e Naftali Frenkel, de 16 anos, e Eyal Yifrach, de  19, sendo que Frenkel também tem passaporte dos Estados Unidos. 

Todos foram vistos pela última vez na noite de quinta-feira quando pediam  boleia e subiram a um veículo perto do colonato judaico de Gush Etzion,  perto da cidade cisjordana de Hebron, depois de saírem da escola de rabinos  onde estudavam.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, responsabilizou de  forma direta o Hamas, enquanto o movimento islamita negou a sua implicação  no desaparecimento dos jovens.

"Espero poder contar com a sua ajuda para encontrar os adolescentes  raptados. Os raptores são uma zona controlada pela Autoridade Palestiniana  e voltaram para lá" depois do rapto, disse Netanyahu ao presidente da Autoridade  Palestiniana, Mahmud Abbas, numa conversa telefónica.

Em resposta, Abbas condenou o rapto e "as violações israelitas que se  seguiram" na operação de buscas, que constitui o maior destacamento do exército  israelita desde a intifada de 2005.

Lusa