"Desde o início de 2014, 110.000 ucranianos chegaram à Rússia", disse Melissa Fleming, porta-voz daquela agência, à imprensa em Genebra.
Dentro da Ucrânia, só na semana passada 16.400 pessoas abandonaram as suas casas no leste do país, elevando o número de deslocados internos a 54.400, acrescentou.
Entre os que fugiram para a Rússia, apenas 9.500 pediram asilo a Moscovo, "a maioria procurou outra forma de permanecer legalmente (na Rússia) por preocupação com as complicações de um pedido de asilo" ou por "temerem represálias se regressarem à Ucrânia".
Por outro lado, 700 ucranianos pediram asilo à Polónia, Bielorrússia, República Checa e Roménia.
Relativamente aos deslocados internos, 12.000, cerca de um em cada cinco, residia anteriormente na península da Crimeia, anexada pela Rússia em março.
"O aumento no número de deslocados coincide com a deterioração da situação no leste da Ucrânia, Muitas das pessoas que entrevistámos disseram ter medo de ser sequestradas ou vítimas de violações dos direitos humanos, assim como do corte dos serviços públicos", disse a porta-voz.
Outros optaram pelo exílio porque "perderam os meios de subsistência, havendo casos de pessoas que não puderam continuar a trabalhar (no leste) com títulos profissionais ucranianos".