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Lançados objetos contra chefe do Governo de Hong Kong no Parlamento

O chefe do Governo de Hong Kong, CY Leung, criticou hoje o facto de terem sido arremessados contra si vários objetos durante um protesto no Conselho Legislativo (LegCo), onde a ala democrata reclamou democracia plena.

© Edgar Su / Reuters

 De acordo com a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK), vários  deputados da ala democrata ecoaram 'slogans' e exibiram cartazes onde exibiam  os dizeres "verdadeira democracia, não à triagem", referindo-se ao método  de eleição do próximo chefe do executivo, em 2017, mas outros mais radicais  atiraram objetos, incluindo um copo, segundo o jornal South China Morning  Post. 

CY Leung criticou o facto de ele e outros membros do Governo da antiga  colónia britânica terem sido alvo de linguagem "insultuosa" e de "comportamentos  cada vez mais agressivos", afirmando que foi atingido com objetos e que  havia pedaços de vidro no chão da sala de plenário do Conselho Legislativo  (parlamento). 

A segurança retirou da sala quatro deputados da ala democrata, enquanto  outros abandonaram o local pelo seu próprio pé. 

Depois de o encontro ter sido brevemente interrompido, o presidente  do LegCo, Tsang Yok-sing, classificou as ações como "inaceitáveis", afirmando  que lhe compete assegurar que os membros do Governo são "respeitados". 

Os deputados acusados de terem atirado objetos indicaram aos jornalistas  que não foram arremessados materiais perigosos, de acordo com a RTHK, frisando  que apenas lançaram papéis. 

Para a presidente do Partido Democrático, Emily Lau, a ação dos deputados  "não tem precedentes". 

Emily Lau criticou CY Leung por falhar em responder aos resultados do  recente referendo não oficial sobre a reforma democrática em Hong Kong,  o qual contou com a participação de mais de 780 mil pessoas, ou seja, quase  um quarto dos 3.470.000 eleitores de 2012. 

O incidente no parlamento ocorre depois de na terça-feira, dia 01 de  julho, centenas de milhares de pessoas terem participado na marcha anual,  numa manifestação considerada como a maior da década em Hong Kong, a qual  se seguiu também à publicação do "livro branco" de Hong Kong, em que Pequim  reafirma o seu controlo e soberania sobre o território