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Chefes de diplomacia da UE discutem conflitos na Ucrânia e em Gaza

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão discutir, esta terça-feira, em Bruxelas, os conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza, devendo todavia agir apenas no primeiro caso, com um eventual reforço das sanções à Rússia.

Os chefes da diplomacia da UE devem agir apenas no caso ucraniano, com um eventual reforço das sanções à Rússia.
© Francois Lenoir / Reuters

Num Conselho ministerial no qual Portugal estará representado pelo secretário  dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, dado o ministro Rui Machete se encontrar  em Díli para a cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), os 28 vão discutir a queda do avião da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia,  numa zona dominada por separatistas pró-russis, que provocou a morte das  298 pessoas que se encontravam a bordo, incluindo 193 holandeses. 

Numa altura em que uma equipa de peritos holandeses em medicina legal  já chegou à localidade de Torez, onde estão reunidos os corpos das vítimas,  e observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE)  já visitaram o local do desastre, os chefes de diplomacia da UE discutirão  a possibilidade de reforçar as sanções contra a Rússia, caso Moscovo não  use a sua "influência" sobre os rebeldes, presumíveis responsáveis pela  queda do avião malaio, para que estes cessem a violência. 

Entre os Estados-membros que reclamam "mão mais pesada" relativamente  a Moscovo encontram-se a França, Reino Unido e Alemanha, além da Holanda,  o país da UE diretamente mais afetado, pelo que é previsível um acordo ao  nível europeu no sentido de um reforço das sanções, sobretudo de natureza  económica. 

Os 28 irão também abordar o outro conflito que tem dominado as atenções  na cena internacional, designadamente a ofensiva israelita em Gaza, que  já causou mais de 500 mortos, mas neste caso a UE tem-se limitado a repetir  os apelos a ambas as partes que ponham fim à violência, embora a esmagadora  maioria das vítimas sejam do lado palestiniano, e civis.

Lusa