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Militantes islâmicos tomam controlo do aeroporto de Tripoli

As milícias islamitas da cidade de Misrata  anunciaram hoje que assumiram o controlo do aeroporto internacional da capital  da Líbia, Tripoli, que estava sob domínio dos nacionalistas de Zintán. 

© Stringer . / Reuters

Um representante da milícia de Misrata, Ahmed Hidia, assegurou à agência  noticiosa espanhola Efe que a ofensiva, batizada como "Amanhecer", resultou  na ocupação do aeroporto, a 30 quilómetros de Tripoli, depois de duros combates  durante a madrugada. 

 

    Entretanto, o Egito desmentiu hoje ter bombardeado posições de milícias  islamitas líbias envolvidas nos confrontos para o controlo do aeroporto,  um local estratégico, onde ocorrem combates desde 13 de julho. 

 

    A acusação tinha partido das milícias islamitas líbias, que acusava  o Egito e os Emirados Árabes Unidos de terem enviado aviões de combate não  identificados em dois raides noturnos na semana passada, mas Cairo desmentiu  "categoricamente". 

 

    No sábado, violentos combates ocorreram em vários bairros situados em  torno do aeroporto, dos quais resultou a morte de 14 elementos da milícia  de Misrata, localizada a 200 quilómetros a leste de Tripoli, enquanto Zintán  está a 180 quilómetros a oeste. 

 

    No mesmo dia, em Misrata, outras 15 pessoas perderam a vida e 35 ficaram  feridas em consequência dos bombardeamentos contra posições das milícias  islamitas, levando Ahmed Hidia a acusar "a violação" do território líbio.

 

 

    Também em Bengsai, a segunda maior cidade da Líbia, foi palco de combates  duros entre forças paramilitares do general sublevado Jalifa Hafter contras  grupos islamitas. 

 

    Registaram-se oito mortos e 35 feridos, disse à Efe uma fonte do hospital  de Al Maray. 

 

    Hoje, uma estação de televisão privada em Tripoli foi ocupada por milícias  islamitas de Zintán, que sequestraram os profissionais que estavam no turno  da noite. 

 

    No ataque à televisão "Al-Assima" (A Capital), as milícias destruíram  material. 

 

    O ataque foi lançado depois de o parlamento líbio ter qualificado de  "terrorista" o grupo de milícias de Misrata e Zintán, a 25 de junho. 

Lusa