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Grupo jihadista Estado Islâmico decapitou soldado curdo no Iraque

O grupo jihadista Estado Islâmico decapitou um soldado curdo no Iraque, ameaçando a região autónoma do Curdistão com outras execuções caso mantenha a cooperação com os EUA, revela o Centro Norte-Americano de Vigilância de 'sites' islamitas (SITE).

© Youssef Boudlal / Reuters

Washington lidera desde 8 de agosto vários ataques aéreos contra as  posições do EI no norte do Iraque, após o avanço de jihadistas para o Curdistão  sobre as dezenas de milhares de pessoas, muitos cristãos e yazidis, uma  minoria de língua curda não-muçulmana. 

Num vídeo difundido pelo ramo do Estado Islâmico na província de Nínive,  no norte do Iraque, pode ver-se um grupo de combatentes curdos retidos pelo  grupo, vestido com macacões laranja. Três deles pedem ao presidente do Curdistão  iraquiano Massoud Barzani "e o governo curdo para acabar com a sua cooperação"  com os Estados Unidos, de acordo com o SITE. 

"Não deixem a América intervir na nossa região. As nossas almas estão  nas vossas mãos (...) . Qualquer erro ou descuido da vossa parte implicará  a (perda) das nossas vidas", diz um desses prisioneiros em cativeiro, segundo  o SITE. 

No vídeo vê-se um outro refém vestido de laranja cercado por três homens  de negro diante de uma mesquita em Mossul, capital da província de Ninive,  enquanto na segunda metade da tela desfila imagens mostrando encontros entre  dirigentes curdos e norte-americanos. Um dos jihadistas decapita então o  soldado curdo. 

Na semana passada, o EI difundiu um outro vídeo mostrando a decapitação  na Síria do jornalista norte-americano James Foley, e no qual ameaçaram  um outro refém, Steven Sotloff,  que ameaçam ter o mesmo final caso os raides  aéreos no Iraque continuem. 

Conhecidos pela sua crueldade, o Estado Islâmico é um grupo extremista  nascido em 2006 no Iraque com um outro nome, tendo reaparecido com toda  a sua força em 2013, em plena guerra na Síria, proclamando no fim de junho  um califado islâmico nas regiões conquistadas naquele país e no Iraque.

Na noite de quarta para quinta-feira, os jihadistas ulta-radicais executaram  "dezenas de soldados" sírios que fugiram da base aérea de Tabqa, no norte  da Síria, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.