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Grã-Bretanha exclui-se dos ataques aéreos na Síria, Alemanha fora da campanha

A Grã-Bretanha não vai participar nos ataques aéreos contra o Estado Islâmico (EI) na Síria anunciados pelos Estados Unidos, mas não exclui estas ações no Iraque, enquanto a Alemanha já anunciou estar fora da intervenção.

© Baz Ratner / Reuters

 "Vou ser claro: a Grã-Bretanha não vai participar em quaisquer ataques  aéreos na Síria", anunciou hoje em Berlim o ministro dos Negócios Estrangeiros  britânico, Philip Hammond, sem excluir no entanto uma participação na intervenção  no Iraque.  

Quanto à campanha militar que os Estados Unidos estão a preparar contra  os radicais do EI nas áreas capturadas na Síria e no Iraque, o chefe da  diplomacia britânica garantiu que o seu país fará "uma contribuição".  

"Nós subscrevemos inteiramente a abordagem dos Estados Unidos de criar  uma coligação regional e internacional em apoio ao governo iraquiano", destacou.

"Vamos agora examinar cuidadosamente no Reino Unido como podemos melhor  contribuir para a coligação internacional. É claro que existirá uma contribuição",  acrescentou. 

Hammond falava numa conferência de imprensa com o seu homólogo alemão,  Frank-Walter Steinmeier.  

O ministro alemão sublinhou que a Alemanha não participará em qualquer  ataque aéreo, seja no Iraque seja na Síria.  

"Não nos foi pedido este tipo de apoio nem estaríamos dispostos a fazê-lo",  declarou Steinmeier, que garantiu que a posição alemã é respeitada pelos  seus aliados internacionais.  

O chefe da diplomacia alemã afirmou que a participação de Berlim nesta  aliança se realizará através do envio de armas e fornecimentos às tropas  curdas, assim como através de ajuda humanitária, enquanto insistia que toda  a intervenção deve estar focada na busxa de soluções políticas para o conflito.

LUSA