© Joe Penney / Reuters
De acordo com a AFP, o homem foi morto durante o caos que eclodiu pouco antes de os legisladores votarem sobre a legislação controversa que visa alargar o mandato do chefe de Estado, que dura há 27 anos.
A agência espanhola refere que os protestos se alargaram à segunda cidade burquinabe, Bobo Dioulasso.
A polícia teve de usar gás lacrimogéneo para impedir os manifestantes de entrarem na Assembleia Nacional antes da votação sobre esta alteração constitucional, mas ainda assim cerca de 1.500 pessoas conseguiram romper a barreira policial e entrar no edifício.
Os manifestantes saquearam os gabinetes, incendiando documentos e roubando equipamento informático, e incendiaram carros no exterior do edifício, refere a AFP.
O país tem vivido um clima tenso nos últimos dias, à medida que se aproximava a votação desta alteração constitucional, que a União Europeia já disse que podia "pôr em causa a estabilidade, o desenvolvimento equitativo e o progresso democrático" neste país da África Ocidental.
Aos 36 anos, Blaise Compaoré depôs o seu ex-amigo e um dos mais estimados líderes de África, Thomas Sankara, mantendo-se, desde então no poder.
Desde 1991, conseguiu ser reeleito ao cargo de Presidente da República quatro vezes: a primeira vez, para dois mandatos de sete anos, e, depois, para mais dois mandatos de cinco anos.
Em 2005, foram introduzidos os limites constitucionais e portanto, Compaoré chegou ao final do seu segundo mandato de cinco anos, mas agora pretende estendê-lo a partir do próximo ano.
Lusa
