Sete detidos em Espanha e Marrocos por recrutarem mulheres para o Estado Islâmico
Sete pessoas foram hoje detidas em Espanha e em Marrocos no âmbito de uma investigação sobre o recrutamento de mulheres para as fileiras do grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque, divulgou o Ministério do Interior espanhol.
© Stringer Spain / Reuters
Quatro mulheres, incluindo uma menor de idade, e três homens foram detidos em Barcelona, nos enclaves espanhóis no norte do Marrocos Ceuta e Melilla e na cidade marroquina de Castillejos, a cerca de dois quilómetros de Ceuta, acrescentou a mesma fonte.
A operação foi realizada em cooperação com a Direção-geral de vigilância do território marroquino, precisou o ministério.
"Todos os detidos são acusados de serem membros de uma rede de recrutamento e de envio de mulheres para frente sírio-iraquiana do grupo Estado Islâmico (EI)", explicou o ministério espanhol, em comunicado, acrescentando que as diligências policiais ainda estavam a decorrer hoje de manhã.
Cerca de uma centena de cidadãos espanhóis juntaram-se às fileiras das "milícias 'jihadistas'" do EI em zonas de conflito no Iraque e na Síria, anunciou em meados de novembro o embaixador espanhol no Iraque, Jose Maria Ferre de la Pena.
Este número é relativamente baixo quando comparado com os níveis de recrutamento em outros países ocidentais, nomeadamente em França, Reino Unido ou na Alemanha.
Mas, o fenómeno não é menosprezado pelas autoridades de Madrid, que estão atentas às movimentações registadas em Ceuta e em Melilla.
Em agosto passado, uma adolescente de 14 anos foi intercetada em Ceuta.
Os 'jihadistas' do EI, combatentes que iniciaram em junho passado uma grande ofensiva e que se assumem como participantes numa 'guerra santa', proclamaram um "califado" nos vastos territórios que controlam na Síria e no Iraque.
Lusa