Companheira de sequestrador procurada pelas autoridades está na Turquia
A companheira do sequestrador morto na sexta-feira numa loja ''kosher'' (produtos judaicos) de Paris pela polícia, Hayat Boumeddiene, que é alvo de um mandado de busca, partiu para a Turquia "há algum tempo", disse hoje uma fonte policial.
© Youssef Boudlal / Reuters
Procurada pelo suposto papel que terá tido no tiroteio perpetrado pelo seu companheiro em Montrouge (sul de Paris, onde morreu uma polícia) e pela possível ajuda no sequestro dos reféns na loja ''kosher'' (dos quais quatro morreram), a mulher deveria já estar na Turquia na altura dos factos, sublinhou a fonte, em declarações à agência France Presse (AFP).
Os investigadores da polícia estão a verificar se a mulher passou pela Síria.
As forças de segurança de França reforçaram hoje os meios policiais na capital, na véspera da manifestação de domingo, em Paris, em solidariedade com as vítimas do atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo, na quarta-feira, que fez 12 mortos.
Desde quarta-feira, registaram-se três incidentes violentos na capital francesa, incluindo um sequestro, que, no total, fizeram 20 mortos e começaram com o ataque ao Charlie Hebdo.
Depois de dois dias em fuga, os dois suspeitos do ataque, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, foram mortos na sexta-feira na sequência do ataque de forças de elite francesas a uma gráfica, em Dammartin-en-Goële, nos arredores da cidade, onde se barricaram.
Na quinta-feira, foi morta uma agente da polícia municipal, a sul de Paris, tendo a polícia estabelecido "uma conexão" entre os dois ''jihadistas'' suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo e o presumível assassino.
Na sexta-feira, ao fim da manhã, cinco pessoas foram mortas num supermercado ''kosher'' (judaico) do leste de Paris, numa tomada de reféns, incluindo o autor do sequestro, que foi igualmente morto durante a operação policial.
Para domingo está agendada uma manifestação em Paris em que participará grande número de líderes políticos europeus, entre eles o Presidente francês, François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho.
Lusa