Libertada trabalhadora francesa de ONG na República Centro-Africana
Uma funcionária francesa de uma organização não-governamental raptada na segunda-feira na República Centro-Africana pela milícia cristã 'anti-balaka' foi libertada, anunciou hoje o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius.
© David Mdzinarishvili / Reuter
"A nossa compatriota Claudia Priest, que foi raptada no início da semana na República Centro-Africana está finalmente livre. É um enorme alívio para todos os que trabalharam para este desfecho feliz", afirmou Fabius, numa declaração.
Priest, de 67 anos, que trabalha para a Coordenação Diocesana de Saúde, foi raptada juntamente com um funcionário local da mesma organização, na capital, Bangui. No dia seguinte, uma funcionária das Nações Unidas também esteve detida pelas milícias durante umas horas.
Os raptos parecem ser uma resposta à prisão de um dos líderes 'anti- balaka' por militares da ONU, no sábado passado, acusado de organizar o massacre de cerca de 300 muçulmanos (minoria) em dezembro de 2013.
A violência entre fações rivais fez mergulhar o país, muito empobrecido, numa crise política e de segurança sem precedentes. O conflito, que começou em 2013, já causou milhares de mortes.
As 'anti-balaka' são milícias cristãs formadas para combater os fortes ataques dos rebeldes muçulmanos da coligação Seleka, que alcançou o poder em março de 2013 mas foi expulso de Bangui em janeiro do ano passado.
Lusa