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Refém britânico aparece em novo vídeo de propaganda do Estado Islâmico na Síria

O britânico John Cantlie, refém do grupo extremista Estado Islâmico (EI), aparece num novo vídeo de propaganda do grupo 'jihadista' hoje divulgado na internet, com o título "No interior de Alepo". 

(SIC/ Arquivo)
Na gravação, cuja autenticidade não pôde ser comprovada, Cantlie surge numa imitação de programa documental em locais controlados pelo EI no nordeste da província síria de Alepo, como as cidades de Al-Bab, Manbech e Akhtatin.  

O cidadão britânico, vestido com roupa normal, ao contrário de outros vídeos, em que envergava o fato-macaco cor de laranja que costumam usar os reféns dos radicais, percorre as zonas de Alepo destruídas "pelos aviões de [Bashar] Al-Assad e agora pelos Estados Unidos". 

Em Al-Bab, Cantlie aparece minutos após um bombardeamento na rua, onde o EI garante que aviões não-tripulados norte-americanos atacaram.

O refém também é filmado numa escola do EI, na sala da espera de um tribunal islâmico dos 'jihadistas', numas trincheiras em Akhtarin e num posto de informação dos extremistas. 

Aí, entrevista seguidores do Estado Islâmico, entre os quais um que fala francês e que reitera o apelo dos radicais aos muçulmanos em França e na Europa para que levem a cabo ataques e emigrem para os territórios sob controlo dos extremistas.

Ao longo da gravação, emitida pela produtora dos radicais Al-Hayat e com 12 minutos de duração, o Estado Islâmico, pela boca de Cantlie, critica os bombardeamentos da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos e faz propaganda ao "califado" autoproclamado pelos 'jihadistas' em zonas da Síria e do Iraque sob o seu controlo. 

Cantlie já tinha antes aparecido numa série de vídeos semelhantes difundidos pelo grupo terrorista, um dos últimos registado no enclave curdo sírio de Kobane.

O jornalista 'freelancer', originário do condado de Surrey, no sudeste de Inglaterra, trabalhou para vários órgãos de comunicação social britânicos, entre os quais os dominicais The Sunday Telegraph e The Sunday Times, e foi sequestrado em novembro de 2012.

Desde agosto de 2014, o EI decapitou os reféns norte-americanos James Foley, Steven Sotloff e Peter Kassig, bem como os britânicos David Haines e Alan Henning e os japoneses Kenji Goto e Haruna Yukawa.

Na semana passada, os 'jihadistas' divulgaram um vídeo mostrando como queimaram vivo o piloto da força aérea da Jordânia Muaz Kasasbeh e emitiram um comunicado afirmando que a refém norte-americana Kayla Mueller morreu em Al-Raqa, vítima de um bombardeamento da coligação.







Lusa