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Surto de coronavírus obriga ao encerramento de escolas na Coreia do Sul

Mais de 700 centros educativos estavam encerrados hoje na Coreia do Sul devido ao surto da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS-CoV), depois de elevado para 35 o número de casos de contágio pelo coronavírus.

Mais de 700 creches e escolas suspenderam as aulas -- mais 500 do que os centros anunciados pelo Governo na quarta-feira -- em resposta aos receios relativamente àquele que figura como o maior surto de MERS fora da Arábia Saudita. 

Cinco novos casos foram confirmados hoje, elevando para 35 o total de ocorrências, informou o Ministério da Saúde sul-coreano.

O primeiro caso do surto de MERS na Coreia do Sul foi reportado no passado dia 20 de maio, depois de um homem, de 68 anos, ter sido diagnosticado com a doença após a uma viagem à Arábia Saudita.

Desde então, mais de 1.300 pessoas que podem ter estado expostas -- direta ou indiretamente -- ao vírus foram colocadas sob diferentes graus de quarentena, desde recomendações para que não saiam de casa ao isolamento total em instalações próprias.

A Organização do Turismo da Coreia indicou hoje que perto de 7.000 turistas -- a maioria da China e de Taiwan -- tinham cancelado viagens de grupo ao país previamente planeadas.

"Um cancelamento em massa e desta escala é muito raro (...),e muitos visitantes citaram o surto de MERS como a principal razão", afirmou um porta-voz do organismo à agência AFP.

O coronavírus do MERS é considerado um 'primo', mais mortal mas menos contagioso, do vírus responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) que, em 2008, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo.

Tal como aquele vírus, provoca uma infeção pulmonar e os afetados sofrem de febre, tosse e dificuldades respiratórias, não havendo, por enquanto, tratamento preventivo para a doença. 

Até ao momento, foram registados 1.161 casos de MERS em mais de 20 países em todo o mundo, dos quais 436 mortais.