A "pausa" vai acontecer entre as 23:59 de sexta-feira (21:59 em Lisboa) e o fim do Ramadão, previsto para 17 de julho.
Segundo as Nações Unidas, que reclamam uma trégua há várias semanas para poderem garantir assistência à população iemenita, a situação humanitária decorrente dos combates que opõem uma coligação militar de países árabes e grupos rebeldes xiitas atingiu um ponto crítico.
"É imperativo e urgente que a ajuda humanitária chegue a todas as pessoas vulneráveis no Iémen, sem entraves", frisou Stéphane Dujarric, porta-voz da ONU.
O presidente iemenita, Abd Rabbo Mansur Hadi, forçado ao exílio na Arábia Saudita, "transmitiu o seu acordo" à "pausa" nas ações da coligação liderada pela Arábia Saudita, indicou Stéphane Dujarric.
Por seu lado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, recebeu "garantias" da parte das milícias xiitas e seus aliados de que "a pausa será totalmente respeitada".
Hoje, segundo fontes militares e de segurança, pelo menos 36 rebeldes xiitas foram mortos em ataques levados a cabo pela coligação árabe, no Sul do Iémen.
"Esperamos que todas as partes implicadas no conflito respeitem a pausa humanitária", sublinhou Dujarric.
Esta não é a primeira trégua pedida pelas organizações internacionais. A anterior durou cinco dias, mas os combates foram retomados logo a seguir.
Desde 26 de março que uma coligação de países árabes combate os rebeldes xiitas, que, apoiados pelo Irão e por forças leais ao ex-presidente iemenita Ali Abdallah Saleh, tomaram controlo de uma significativa parte do Iémen, incluindo a capital, Sanaa.
Lusa