Segundo os meios de Comunicação Social locais e a contagem realizada por uma universidade, cerca de 20 mil pessoas reuniram-se na praça central de Dresden, respondendo a um apelo dos "Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida)", criado a 20 de outubro de 2014, no mesmo local.
Este é o dobro de participantes nas manifestações do movimento nas últimas semanas, mas menos do que recorde registado pelo Pegida a 12 de janeiro, quando reuniu 25 mil pessoas.
Os organizadores do movimento esperavam cerca de 50 mil pessoas.
Ao mesmo tempo, cerca de 13 mil contra-manifestantes participaram em várias marchas na cidade para denunciar aquele movimento populista, de acordo com a contagem realizada pela universidade.
"Resistência! Resistência!" e "Nós somo pelo povo!", gritavam os apoiantes do Pegida, lembrando os 'slogans' das manifestações contra a ditadura comunista na antiga República Democrática Alemã (RDA) no final de 1989, quando caiu o regime comunista.
"Merkel fora!", era uma das frases dos cartazes transportados pelos manifestantes.
A chanceler alemã Angela Merkel é um dos alvos principais dos manifestantes pela sua política de abertura a centenas de milhares de migrantes nos últimos meses, que o Pegida encara como uma ameaça para a Alemanha.
O país conta receber cerca de um milhão de migrantes e refugiados no ano de 2015, um número recorde.
O responsável do Pegida, Lutz Bachmann, qualificou hoje Angela Merkel como uma "ditadora" diante dos manifestantes, pedindo que Dresden seja "o centro da resistência" da política alemã.
Os contra-manifestantes convergiram para as proximidades da manifestação do Pegida, sendo que milhares de agentes de segurança foram deslocados para o local para evitar os confrontos.
Um breve confronto aconteceu no início da noite, quando apoiantes e opositores do Pegida se enfrentaram com fogo-de-artifício, mas a polícia acabou por dispersar a multidão.
"É importante que a maioria das pessoas, que não apoiam o Pegida, mostrem e digam que não estão de acordo" com o movimento", disse um dos contra-manifestantes à agência noticiosa francesa AFP.
Lusa