Segundo a agência espacial norte-americana, a aproximação a Encelado não visa procurar vida, mas obter informação sobre a quantidade de atividade hidrotermal que ocorre na lua de Saturno e sobre o impacto desta química na capacidade do seu oceano para acolher formas de vida simples.
"A confirmação de hidrogénio molecular na nuvem [de partículas geladas que emanam do polo sul] seria uma linha independente de prova de que há atividade hidrotermal no oceano de Encelado", disse, citado pela agência Efe, um dos membros da missão, Hunter Waite, acrescentando que a quantidade de hidrogénio revelará a quantidade de atividade hidrotermal.
A sonda Cassini, que orbita Saturno desde 2004, é um projeto conjunto da NASA, da agência espacial europeia ESA e da congénere italiana ASI.
Em anteriores aproximações a Saturno, não tão próximas, a sonda detetou que Encelado tinha uma atividade geológica assinalável, incluindo uma nuvem de gelo, vapor de água e moléculas orgânicas que emanam da região polar sul.
Posteriormente, a missão concluiu que esta lua de Saturno tem um oceano e, provavelmente, atividade hidrotermal, o que significa que pode ter "os ingredientes necessários para permitir a vida simples".
Em 2010, a NASA decidiu prolongar a missão da sonda até 2017, permitindo aos cientistas estudar as alterações climáticas em Saturno e nas suas luas.
A Cassini continua, por isso, a observar os anéis do planeta, a sua magnetosfera e a sua estrutura interna.
Lusa