Na primeira volta, a 06 de dezembro, o partido de extrema-direita Frente Nacional venceu em seis das 13 regiões francesas, ultrapassando conservadores e socialistas com 40,6% dos votos na região de Nord-Pas de Calais-Picardie.
Em reação, na segunda-feira à noite, o primeiro-ministro francês, o socialista Manuel Valls, apelou a uma votação na direita em três regiões, para tentar impedir a vitória da extrema-direita na segunda volta das eleições.
Grande perdedor da primeira volta das eleições, o Partido Socialista decidiu retirar os seus candidatos "nas regiões em que há um risco Frente Nacional e onde a esquerda não supera a direita", para "fazer barragem republicana" à extrema-direita.
Os candidatos do Partido Socialista retiraram-se no sudeste e norte, mantendo-se na corrida no leste de França.
Manuel Valls apelou à votação na direita nas regiões de Provence-Alpes-Côte d'Azur, no sudeste, onde Marion Maréchal-Le Pen teve mais 40% dos votos, de Nord-Pas-de-Calais-Picardie, no norte, onde a presidente da FN Marine Le Pen também recebeu mais de 40% dos sufrágios, e de Alsace-Champagne-Ardennes-Lorraine, onde o estratega da FN, Florian Philippot, também recebeu uma importante votação.
Enquanto isso, a Frente Nacional, liderada por Marine Le Pen, mantém a confiança na vitória, tendo já reservado um restaurante português para celebrar o triunfo de domingo.
A líder da Frente Nacional, segundo a qual o resultado da segunda volta está na mão dos abstencionistas, revelou entretanto que, "aconteça o que acontecer" nas eleições regionais, a sua candidatura às eleições presidenciais francesas vai avançar.
Lusa