A decisão foi tomada devido a "circunstâncias que prejudicam os interesses e a segurança económica da Federação da Rússia", indica o decreto.
Concretamente, o documento suspende a aplicação à Ucrânia do tratado assinado a 18 de outubro de 2011 e que criava um regime comercial especial entre os membros da Comunidade dos Estados Independentes (ex-URSS exceto países bálticos e Geórgia).
A Rússia tem vindo a repetir que o acordo de comércio livre entre Kiev e Bruxelas, previsto no Acordo de Associação entre a Ucrânia e a UE, pode inundar o seu mercado de produtos europeus se não forem tomadas medidas de proteção comercial.
Moscovo já ameaçou alargar à Ucrânia a 01 de janeiro o embargo aplicado aos países ocidentais que sancionam a Rússia pelo seu envolvimento na crise ucraniana se não chegar a acordo com Bruxelas e Kiev sobre a aplicação do contrato entre eles.
Estão previstas negociações na segunda-feira em Bruxelas, mas as diferentes partes consideram muito improvável um acordo até ao final do ano.
A recusa do ex-presidente ucraniano Viktor Ianukovich em assinar o acordo com a UE no final de 2013 esteve na origem do movimento de contestação pró-ocidental de Kiev que levou à sua queda e fuga para a Rússia.
A chegada ao poder dos pró-ocidentais foi seguida pela anexação da Crimeia pela Rússia e pelo conflito com os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, que já causou mais de 9.000 mortos.
Lusa