O ministro da Unificação de Seul, Hong Yong-Pyo, afirmou que a decisão de Pyongyang de expulsar as empresas sul-coreanas foi "muito lamentável", acrescentando que o Norte tem de se responsabilizar pelas consequências.
Na quinta-feira, a Coreia do Norte anunciou que ia fechar totalmente Kaesong e que ia colocar o complexo sob controlo militar.
Todos os sul-coreanos que trabalhavam no local, localizado na Coreia do Norte, a dez quilómetros da fronteira, foram expulsos, sendo apenas autorizados a levar consigo bens pessoais.
O regime de Kim Jong-un ordenou também um "total congelamento" de todos os bens deixados para trás, incluindo matérias-primas, produtos e equipamento.
Pyongyang justificou as medidas com a decisão de Seul no dia anterior de suspender as operações das 124 empresas sul-coreanas em Kaesong -- uma resposta aos recentes teste nuclear e lançamento de míssil de longo alcance pelo Norte.
"A Coreia do Norte expulsou o nosso pessoal quase sem aviso, impediu-os de levar produtos terminados e congelou ilegalmente bens valiosos", disse Hong.
O ministro condenou também a "medida extrema e injustificada" tomada por Pyongyang ao cortar as duas únicas linhas de comunicação com o Sul.
"A Coreia do Norte vai ter de assumir a responsabilidade pelo que acontecer daqui para a frente", rematou.
Lusa