O NIS sustenta que o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, ordenou às instituições militares e serviços de informação que organizem qualquer tipo de ataque -- convencional ou informático --, segundo revelou hoje, no parlamento, o deputado do partido no poder Saenuri Lee Chul-woo após reunir-se com representantes do Governo.
Os preparativos estariam a cargo da Direção-Geral de Reconhecimento da Coreia do Norte, o organismo do Estado responsável pelas operações de inteligência no estrangeiro e de guerra cibernética, segundo a versão transmitida no parlamento e citada pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Os serviços secretos sul-coreanos consideram que os supostos ataques da Coreia do Norte poderiam consistir no envenenamento ou sequestro de sul-coreanos, ou em ataques informáticos visando empresas públicas e privadas.
O NIS não esclareceu a origem da informação e não é habitual a Coreia do Norte realizar atos terroristas convencionais contra o Sul, apesar de existirem precedentes que remontam à década de 1980.
Em 1983, terroristas norte-coreanos levaram a cabo um ataque bombista em Rangum (Birmânia), em que morreram 21 elementos de uma comitiva governamental sul-coreana e, em 1987, agentes de Pyongyang colocaram explosivos num avião que explodiu em pleno voo matando 115 passageiros e tripulantes.
Já a nível do ciberterrorismo, instituições públicas e privadas da Coreia do Sul têm sido alvo de vários ataques aos seus sistemas informáticos nos últimos anos e Seul tem quase sempre apontado a Coreia do Norte como culpada.
A acusação por parte dos serviços de informação da Coreia do Sul chega numa altura em que Seul lançou uma intensa ofensiva política contra a Coreia do Norte como represália pelos ensaios nuclear e de mísseis realizados em janeiro e fevereiro.
Lusa