O filme atraiu no fim de semana passado 153.783 espetadores, destronando o super-herói "Deadpool", que alcançou 138.057 espetadores uma semana depois da sua estreia no país, segundo dados do KOFIC.
O filme foi exibido em 507 salas da Coreia do Sul, um país de 50 milhões de habitantes, em que o cinema, e em especial o de produção nacional, continua a ter elevada popularidade.
A longa-metragem, dirigida por Cho Jung-lae, aborda a história das jovens e adolescentes coreanas recrutadas à força na primeira metade do século XX para satisfazerem sexualmente os soldados do exército nipónico, que então colonizava a Península da Coreia.
Estima-se que cerca de 200.000 mulheres - a maioria coreanas durante a II Guerra Mundial - foram "mulheres de conforto", termo usado para definir estas vítimas de escravatura sexual.
O tema das escravas sexuais causou nas últimas décadas frequentes conflitos entre a Coreia do Sul e o Japão, tornando-se no principal obstáculo nas respetivas relações bilaterais.
Os governos de ambos os países assinaram no final do ano passado um acordo para encerrar o assunto, que contempla as desculpas oficiais do Japão e uma compensação económica de 1.000 milhões de ienes (cerca de 8,1 milhões de euros) para restaurar "a honra e a dignidade" das vítimas.
Não obstante, organizações de apoio às vítimas e vários setores da sociedade opuseram-se ao acordo por o considerarem insuficiente.
Lusa