Última atualização às 10:19
A declaração surpreendente foi feita à porta do tribunal pelo advogado Sven Mary: "Salah Abdeslam pediu-me para vos informar que ele deseja partir para França o mais rápido possível".
O advogado acrescentou que Abdeslam "quer explicar-se em França". Até lá, acrescentou, "permanecerá calado" e "não colaborará" com as autoridades belgas na investigação do atentado de terça-feira em Bruxelas.
De acordo com a France Press, Sven Mary disse também que o seu cliente "não sabia" dos ataques na capital da Bélgica.
Abdeslam foi detido na passada sexta-feira no bairro de Molenbeek, em Bruxelas. Estava em fuga há quatro meses e durante esse tempo terá permanecido na Bélgica.
A justiça belga acusou Abdeslam de homicídio terrorista e as autoridades francesas pretendem a extradição.
Logo após a detenção, o advogado de Salah Absdelam afirmou que pretendia ser julgado na Bélgica e que estaria disponível para colaborar com as autoridades.
Sven Mary explicou agora que, terça-feira, os investigadores do atentado de Paris falaram com Abdeslam, após o que o suspeito pediu para o ver com urgência, altura em que lhe comunicou a decisão de aceitar a extradição para França.
Salah Abdeslam poderá estar envolvido no planeamento dos ataques de terça-feira em Bruxelas. Os três bombistas suicidas até agora identificados tinham ligações a Abdeslam.
Com Lusa