Após os atentados em Bruxelas, que provocaram pelo menos 31 mortos e 300 feridos, a presidência semestral holandesa da União Europeia anunciou a realização de uma reunião dos "ministros da Justiça e Administração Interna e representantes das instituições da UE".
Este conselho extraordinário de Justiça e Assuntos Internos tem como ponto de agenda a adoção de uma declaração conjunta de "clara condenação dos atentados terroristas" de Bruxelas.
Portugal vai estar representado pelas ministras da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e da Justiça, Francisca van Dunem.
Em comunicado, as duas ministras portuguesas anunciaram que vai ser feito um ponto de situação das medidas adotadas após os atentados de Bruxelas, com vista "à proteção e à segurança dos cidadãos europeus, incluindo ao nível dos procedimentos de troca de informações e de incremento da cooperação entre as forças e serviços de segurança competentes".
"Vamos discutir a situação da ameaça terrorista na Europa e reação da União Europeia a essa ameaça", disse, na quarta-feira, a ministra da Administração Interna portuguesa.
Também na quarta-feira, o comissário europeu para os Assuntos Internos, Dimitris Avramopoulos, apelou para uma maior cooperação entre os países da UE no combate ao terrorismo.
O comissário defendeu o reforço da Europol, o serviço europeu de polícia que ajuda as autoridades policiais nacionais a combater a criminalidade internacional e o terrorismo.
Pelo menos 31 pessoas morreram nas duas explosões no aeroporto de Zaventem e na estação de metropolitano de Maelbeek, em pleno "bairro europeu".
O número de feridos foi revisto na quarta-feira para 300, incluindo pelo menos 21 pessoas com passaporte português.
Os atentados foram reivindicados pelo Daesh (acrónimo árabe do autoproclamado Estado Islâmico).
Com Lusa