"A direita do continente americano desconhece a Soberania Popular? Eles querem que desapareçamos? Alerta, alerta, eles vêm aí", afirma o chefe de Estado da Venezuela numa publicação divulgada através da rede social Twitter, juntamente com várias imagens de apoio a Dilma Rousseff.
Durante as últimas semanas, Maduro tem manifestado o apoio à Presidente do Brasil sublinhando que Rousseff está a ser vítima de um "golpe de Estado mediático-judicial" e de uma "ofensiva imperialista" que quer neutralizar a "esquerda latino-americana".
"Pretender destituir a primeira mulher Presidente do Brasil diz muito do que é a obsessão imperial que ganha expressão no continente", disse Maduro na semana passada num discurso transmitido pela televisão estatal da Venezuela.
A Câmara dos Deputados do Brasil aprovou no domingo à noite o pedido de afastamento de Dilma Rousseff do cargo de Presidente por 367 votos a favor e 137 contra.
Registaram-se sete abstenções e duas ausências, numa sessão em que eram necessários os votos de pelo menos 342 deputados para aprovar a abertura do processo de destituição da presidente.
O pedido de "impeachment" (impugnação) segue para o Senado, onde também terá de ser aprovado, por maioria simples.
Caso venha a acontecer, Dilma Rousseff é temporariamente afastada do cargo e o vice-presidente, Michel Temer, passa a assumir o cargo.