O regime de Kim Jong-un acusou o Governo de Barack Obama de ter criado motivos para desencadear uma crise nuclear na península coreana, segundo um comunicado emitido pelo Comité para a Reunificação Pacífica da Coreia, o ministério encarregado das relações com a Coreia do Sul.
Este organismo reivindicou o estatuto de Pyongyang como potência atómica por ter desenvolvido com êxito uma bomba de hidrogénio, algo que especialistas estrangeiros duvidam que seja verdade.
O comunicado em que Pyongyang reafirma o seu poder nuclear surge horas antes do início do VII Congresso do Partido dos Trabalhadores, que não se realizava desde 1980.
O primeiro congresso em 36 anos do partido único da Coreia do Norte reúne na capital milhares de delegados, que formam, pelo menos em teoria, o principal órgão de decisão do país.
Kim, de 33 anos, que não era nascido quando decorreu o último congresso, deverá fazer um discurso que será minuciosamente escrutinado de modo a serem detetadas alterações políticas ou mudanças nos quadros da elite governamental.
Apesar de a agenda, e até mesmo a duração, do congresso ainda ser desconhecida, o seu principal objetivo é confirmar o estatuto de Kim Jong-un como herdeiro legítimo da dinastia Kim, no poder há quase sete décadas.
No congresso deve também ser confirmada como doutrina a política "byungjin" de Kim, de desenvolvimento de armas nucleares, juntamente com o desenvolvimento económico.
Lusa