O chefe de Estado da Coreia do Norte, Kim Yong-nam, cuja função é sobretudo protocolar, anunciou a decisão aos jornalistas estrangeiros convidados a assistir aos trabalhos do congresso do partido, o primeiro em 36 anos.
Kim Jong-un, de 33 anos, era até aqui primeiro secretário do partido, tendo sido nomeado durante o congresso para o cargo, criado especialmente para o líder norte-coreano.
O avô do atual líder, Kim Il-sung, foi nomeado "presidente eterno" do partido, quando o pai de Jong-un, Kim Jong-il, era secretário-geral do órgão de decisão mais importante do país.
Kim Jong-un presidiu à reunião política, que não se celebrava desde 1980, e na qual participaram quase 3.500 delegados.
No segundo dia do VII congresso, o líder proferiu um discurso de mais de três horas, no qual incluiu uma mensagem de conciliação dirigida à comunidade internacional e um plano económico de cinco anos.
O plano do líder prevê o desenvolvimento económico e o aumento da "força nuclear autodefensiva", de acordo com a agência noticiosa France Presse (AFP).
A Coreia do Norte abandonou o tratado de não-proliferação (NPT, sigla inglesa) em 2003, tendo sido o primeiro país signatário a fazê-lo.
Por altura do primeiro teste nuclear, em 2006, a Coreia do Norte garantiu que "nunca seria a primeira a usar armas nucleares", mas, desde então, tem feito repetidas ameaças de ataques nucleares preventivos contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
As duas Coreias continuam tecnicamente em guerra, uma vez que o conflito de 1950-53 terminou com a assinatura de um armistício e não de um tratado de paz.