O diretor do zoo, Thane Maynard, reitera que a decisão de abater o gorila - de nome "Harambe" - foi a correta, uma vez que o animal estava agitado e poderia ter matado a criança.
"Olhando para trás, teríamos tomado a mesma decisão", afirmou.
O menino, de 4 anos, saltou o muro de um metro que o separava do espaço onde estava o gorila e entrou dentro do recinto. O gorila agarrou por alguns momentos na criança pelo tornozelo, de forma bastante agitada, o que levou o zoo a abater o animal. O menino está a salvo, mas o acidente está a provocar um rol de reações.
Mais de 200 mil pessoas já assinaram uma petição no site Change.org, em protesto contra o abate do animal. Exigem "Justiça para Harambe" e apelam às autoridades policiais para que responsabilizem os pais da criança.
Com velas acesas e cartazes com a mensagem "Descansa em paz", dezenas de pessoas fizeram uma vigília à porta do zoo.
"A vida da criança estava em perigo. No final do dia, a responsabilidade é dos pais, de mais ninguém", afirmou Vanessa Hammonds, uma das participantes.
A mãe da crianca identificou-se como Michelle Greg. Escreveu uma mensagem no Facebook a pedir que a não julguem porque "os acidentes acontecem".
O diretor do zoo explica que o gorila não estaria a pôr em perigo o menino, apenas a magoá-lo.
"O gorila estava agitado, claramente desorientado", disse, lamentando a morte de um "magnífico animal".
Milhares de mensagens de apoio, de todo o mundo, chegaram ao jardim zoológico.
Por outro lado, o zoo está a ser questionado sobre a segurança do muro de separação - de apenas um metro.
"As barreiras são seguras, excedem os protocolos. O problema das barreiras é que, seja ela qual for, algumas pessoas conseguem passá-las. Não, o zoo não foi negligente", declarou Thane Maynard.