As agências de informações norte-americanas não conseguiram "identificar de forma definitiva" as ligações entre autoridades sauditas e os atacantes do 11 de setembro de 2001, afirmam nas 28 páginas desclassificadas as comissões de Informações do Senado e da Câmara dos representantes.
Os legisladores das duas bancadas tinham pedido a sua publicação, mas a administração de Barack Obama referiu que apenas o faria após cuidadosa revisão.
A Casa Branca alegou que a comissão para investigar o 11 de setembro criada pelo Congresso examinou a fundo o assunto e não encontrou provas de um vínculo entre as autoridades sauditas e os sequestradores dos aviões que atacaram Nova Iorque e Washington.
Na sua conferência de imprensa diária o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, descartou que o conteúdo do documento resulte de um compromisso com os sauditas, porque "o informe desclassificado" que existia até ao momento afastava essa possibilidade.
O Governo norte-americano receava que a publicação desse estudo afetasse as relações que mantém com um dos seus mais valiosos aliados no Médio Oriente.
O documento pode ser consultado na página digital do Comité de Informações da Câmara baixa dos Estados Unidos.
Em comunicado, o embaixador saudita em Washington, Abdullah Al-Saud, regozijou-se com a divulgação e as conclusões do informe.
Lusa